31 julho 2007

TV Aberta

Após uma longa ausência causada por motivos técnicos (alguém tem uma placa mãe extra para me ceder?), estou de volta com uma pilha de assuntos para tratar. Antes de falar sobre os filmes que estragam os pequenos nerds e fazer uma avaliação dos principais RPGs de super-heróis que estão no mercado, hoje tratarei do que há de melhor na programação da TV para os pobres.

A TV aberta é freqüentemente acusada de ser péssima, de ser responsável por toda a bossalidade do nosso povo. Eu não acho que é por aí. Não tenho TV por assinatura em casa. Só tenho contato com TV à cabo quando estou na casa de minha namorada. E como estou por conta de redigir minha dissertação, passo o dia todo em casa, com a TV ligada. Por isso, com o tempo, eu acabei achando algumas pérolas na TV.

De manhã (todo mundo sabe que o mundo só começa a existir às 10h59, logo "manhã" é de 11h à meio dia e meia), a melhor pedida é deixar no SBT e ver o "Bom dia & Companhia". Sim, aqueles garotos são insuportáveis. Sim, aquelas brincadeiras são imbecis. Sim, aquela roleta é viciada sempre dando Jogo da Vida pra quem quer Playstation, mas ainda assim vale a pena, pois os melhores desenhos animados passam aqui. Destaque para o fantástico Liga da Justiça Sem Limites. De lá, assisto "Um menino muito maluquinho", na TVE, que é um programa inteligente e divertido para quem ainda está meio grogue.

Depois do almoço (ou café da manhã), uma passada pelos programas de esportes: "Globo Esporte" e depois "Jogo Aberto", na Band, que tem a vantagem de só tratar de futebol carioca (ao menos aqui) e ter comentários crássicos de Gerson, o canhotinha de ouro. Depois vá pro SBT e encare uma maratona de seriados sobre famílias negras, que culmina com o divertido "Eu, a patroa e as crianças", que é a tradução de "My wife and kids". Quando acaba já são quatro da tarde, e com sorte você terá algo interessante na globo. Mais ou menos uma vez por mês, será "Curtindo a vida adoidado", "Curso de verão", "Trânsito muito louco" ou algum outro dos filmes eternizados pela Sessão da Tarde.

No final da tarde, a melhor opção é "A escolinha do Golias" no SBT ou os desenhos do Pica Pau na Record. Os dois são ótimos pra nos lembrar de tempos mais fáceis. A grande novidade é a re-estréia da Família Dinossauro, na Band, às 20h15. Depois, eu apelo pra um filme em DVD, que nem sempre é muito melhor do que as novelas. De madrugada, apesar de ser uma merda, volta e meia eu assisto o Jô. Uma boa opção ao gordo são as séries do fim de noite do SBT. E depois, o Intercine proporciona o melhor para os ainda acordado, com filmes recusados até mesmo pelo Supercine.

Desligue um pouco o receptor da Net! Desplugue a Sky! Deixe a Direct TV descansar! Venha pra TV aberta.

E pra dar saudades:



A musiquinha do hippie já diz tudo: "Eu não vou trabalhar! Eu não vou trabalhar!"

24 julho 2007

Storm "funky" Trooper



Bom, tá na cara que é mais uma dessas coisas de marketing viral, mas não deixa de ser engraçado.

23 julho 2007

Para não se perder na Internet

Achei dois mapas, que juntos resolvem muitas perguntas sobre como que é esse negócio de navegar, pra onde ir, e como não se perder.

O primeiro veio do xkcd (blog de tirinhas, como o do nosso célebre amigo Salimena). Serve para quem está afim de aplacar a solidão navegando nos mares da rede. Uma metáfora profundamente brega, mas o negócio é curioso, principalmente notando a "rosa-dos-ventos".



O outro é para quem gosta de ir apenas pelos grandes portais, e a metáfora do mapa de metrô funciona bem nesse caso. O mais legal desse mapa é que ele é muito completo e complexo, dá pra se perder facilmente nesse metrô. (Serve ainda pra ensinar o que é um metrô de verdade para quem só andou nesse meio de transporte no Rio, onde as linhas fazem um X.)



Quem curte mapas e coisas assim, vale muito a pena visitar o Strange Maps, um blog dedicado exclusivamente a essas esquisitices.

Fonte: #Comments

20 julho 2007

Harry Potter vazou!

E para quem viu assombrado o esquema de segurança, em que eles enfiaram o livro em um Fort Knox genérico, e achou que não tinha a menor chance de um esquema gigantesco desse furar: meus pêsames, isso aqui é a internet.


De qualquer forma, devo agradecer profundamente ao povo da BBC Brasil, que fez uma matéria sobre os spoilers que estavam rolando na imprensa americana, e que a JKR reclamava feito banqueiro durante assalto. Bom, daí é fácil, se alguém tem o livro antes da hora, é fato que já devia estar na rede.

Fui conferir no torrent e achei um pdf e um arquivão de fotos, pra provar que não é só fanfiction. Chega a ser engraçado imaginar o cara fotografando sua mão segurando o livro a cada página, como se aquilo fosse um momento histórico.

Quem estiver mais interessando na resenha do livro vai ter que esperar um pouco mais, mas até agora (estou no capítulo 6) posso garantir que não deixa a dever para nenhum dos anteriores. Qualquer coisa a mais seria puro spoiler, então fica para o próximo post.

Agora, quanto às questões legais envolvidas, eu nem sequer me interesso em discutir aqui.

Quem quiser o baixar o livro, clique aqui, e quem for muito desconfiado para ler o troço inteiro na tela sem ter certeza, é só fazer o mesmo exercício de comparação que eu fiz baixando as imagens do livro aqui.


Atualização: Link para outra matéria da BBC Brasil, essa sobre o esquema de segurança.

08 julho 2007

Nem é um post ainda, é só uma notinha

Tudo bem, num post anterior eu gastei um tempo desancando a Guerra Civil, nova saga caça-níqueis da Marvel Comics. Porém, em sua estratégia de divulgação eles fizeram um gol de placa: já está disponível nas melhores comic shops uma edição do Clarim Diário que tem a guerra como manchete principal. E a capa é totalmente realista, sem nenhum selo ou linha que dê pinta que se trata de uma propaganda de quadrinhos. Fala sério, amigo nerd: Você nunca quis ter um exemplar do jornal onde trabalhava o Homem Aranha?! E o melhor é que custa só meio real. O meu já tá aqui, e vai parar num quadro que decorará minha Home, Nerdy Home.

06 julho 2007

O Inebriante poder do Mestre - Parte 2

Atenção: este post contém imagens que podem não ter NADA a ver com o conteúdo.

Estamos em 98, quando eu era jogador.

O paladino à minha esquerda tinha a Espada dos Desejos Infinitos. À minha direita, um clérigo usava a Armadura de Proteção Absoluta. Enquanto eu sangrava e via a morte lamber a quina de todas minhas jogadas de ataque, os outros jogadores formavam um grupo à parte, mais preocupado em pensar em qual dos 30 itens mágicos deveriam usar.

Eu, então, me perguntava: o que estou fazendo de errado?

Não tardei a descobrir que se tratava de suborno. Sujeira, desonestidade... palhaçada. Era isso. Dava-se algo ao mestre e a recompensa voltava em itens mágicos.

Na época da Páscoa, como diria Lobão, a vida era mais doce. O Mestre engordava uns 5 quilos e os itens mágicos se multiplicavam como coelhos sendo filmados por Buttman.

E vem aquele máxima: se não pode vencê-los, junte-se a eles. Por uma mísera caixa de bombons, ganhei uma dente quebrado que, vejam só: me dava alguns d8 de cura SEM GASTAR AÇÃO.É, a caixinha amarela da Garoto salvou várias vezes a pele de Anaconda, a Guerreira-Cobra (pare de rir do nome, eu tinha só 14 anos)

Mas não estou aqui para criticar esse ato, e sim para reclamá-lo... sim, hoje em dia o Mestre é pior do que um subordinado, cuja função se resume a criar aventuras, não importando se o prazo é curto ou se a inspiração está escassa.

A verdadeira palhaçada está aí: já dei muito chocolate pra Mestre, mas, agora, cadê meu Charge? É triste, mas chegamos no nível em que pegar uma reles esfiha do Habib’s já é motivo de motim!

Deixo aqui minha revolta. Quero o retorno de subornos. Quem não quiser ser o único jogador a não acertar o Lord Norrington III porque não tem espada mágica, pode se preparar pra ir pra Bomboniere.

04 julho 2007

Quadrinhos nacionais

Eu sempre tentei apoiar os quadrinhos nacionais. Não os quadrinhos de humor, que não precisam de meu apoio (justamente por serem ótimos). Nem os quadrinhos infantis, já que a Turma da Mônica e O Menino Maluquinho estão mais do que consolidados. Estou falando de Quadrinhos de Super-Heróis. Tenho várias, como a Hermética (de Juiz de Fora, uma única edição, com desenhos péssimos e histórias ainda piores), a Brado Retumbante (Tenho os dois primeiros números, repletos de heróis sem carisma em histórias mal escritas e com desenhos horrorosos, mas com um discurso interessante) e sempre busco na internet pra ler o que vai saindo (Até gostava do "Foice Negra", publicado na "Alta Voltagem", revista que logo sumiu, e admiro o "Leão Negro", apesar de achá-lo incrivelmente chato). Porém, nunca vi nada que saltasse os olhos ser publicado (o melhor mesmo eram as versões modernas das fábulas brasileiras, desenhada pelo meu amigo Pedrinho da Babilônia).


Porém, hoje eu li um quadrinho nacional maneiríssimo de onde eu menos esperava, do mundo Funk. E o melhor, essa pérola é distribuída de graça na Internet. A parada atende pelo singelo nome "Break do Caveira". Desenhos bacanas, que exploram bem o cenário carioca, com uso da mitologia afro. Enfim, pode não dar em nada, mas pelo primeiro número, promete. Pra baixar, clique aí na figura:


Está em PDF, mas se você é esperto e quer ler com o CDisplay (Melhor programa pra ler quadrinhos no computador! Baixe aqui!), use ESTE programa pra converter de PDF pra CBR. Dispa-se dos preconceitos e leia!
PS: Eu ainda estou esperando meus exemplares do "Raio Negro #1 e #2" e o primeiro número do "Defensores da Pátria". Assim que eu tiver lido, comento aqui.

03 julho 2007

Identidade Secreta

Olá, nerdaiada. Agora que já fizemos uns tópicos genéricos que podem ser degustados por semi-nerds, eu estou a fim de pensar questões mais profundas.


Eu adoro quando o acaso me dá de bandeja links óbvios. Essa semana eu tive um desses. Ontem eu acabei de ler as 87 revistas que já estão rolando traduzidas na Net e que fazem parte da Guerra Civil, o maior evento do ano na editora de Stan Lee e que começa a ser publicada em terras tapuias mês que vem. Até aí, nadavê. Mas por um acaso, eu emendei e comecei a ler a mini "Crise de Identidade", da DC, lançada em 2005. E aí percebi que um fio ligava as duas. As duas são sobre as identidades secretas, e isso nos mostra como as duas editoras lidam com o tema.

Antes de começar, preciso deixar claro que fui criado na escola da Marvel. Meus primeiros quadrinhos foram os do Homem-Aranha (até tenho uma teoria sobre isso, sobre a qual posso falar outra hora) e já devo ter colecionado todos os títulos da editora (menos Hulk, porque eu acho o "Golias Esmeralda" um tanto péla). Já minha relação com a DC sempre foi conturbada. Apesar de meu personagem favorito dos quadrinhos ser dessa editora, eu sou mais um da imensa legião que acha o Super Homem um porre e do seletíssimo grupo que acha o Batman um Zé Ruela. Acho que por isso, toda vez que a grana aperta, os títulos mensais da DC são os primeiros a serem limados de minha lista de compras.



Isso quer dizer que a "Guerra Civil" é muito melhor do que a "Crise de Identidade". Eu também pensei que seria. Mas estava enganado. Não vou ficar dando detalhes das tramas, mas posso dizer que a série da DC consegue, em 7 edições, mudar não só o futuro dos personagens como também a maneira como se enxerga o passado deles. Há um trabalho apurado para mostrar que mesmo os mocinhos tem que sujar suas mãos algumas vezes. O engraçado é que era exatamente essa a promessa da Marvel com sua saga. Porém, na Casa das Idéias, temos uma infinidade de Tie-Ins que acrescentam pouco ou nada, e uma lição de moral bastante controversa no final. Enfim, se tiver que gastar seus caraminguás, fique somente com as edições dos títulos "Guerra Civil" (que narra os principais eventos - mas só vale a pena até a quinta edição das sete totais), "Frontline" (que conta a Guerra no ponto de vista de dois jornalistas, e é bastante bacana até a penúltima - na última eles estragam meu herói - Ben Ulrich - o cara que me fez escolher a faculdade de jornalismo!) e "Homem Aranha". O resto, ignore. Passe longe do Quarteto Fantástico. Delete os Thunderbolts. Se você ainda vai ler, siga esse meu conselho.


Mas, se você já leu ou nem vai ler, veja esse comentário. Desse ponto em diante, eu posso falar alguns spoilers. Se quiser ler, marque o trecho, por sua conta e risco.

O final da saga é ridículo. O Capitão América praticamente assina o contrato que diz que sim, é preciso sacrificar a liberdade em nome de uma segurança controlada pelo governo. Odeio jogar política na equação, mas o que começou como um forte protesto contra as política pós-9/11 acaba com um sonoro "Eles estão com a razão". A postura do Capitão no último número da série contradizem tudo o que ele havia feito nas outras seis revistas, e que havia feito todo mundo admirá-lo por não ser simplesmente um soldado imbecil. Após a série, ele sofre um atentado e morre. Por causa do número #7 do Civil War, um monte de gente - inclusive eu - está torcendo para que ele permaneça assim (embora todo mundo saiba que não vai...). Em Frontline, vemos dois repórteres íntegros por toda a história da Marvel descobrir que todos os eventos da Guerra Civil haviam sido planejados por Tony Stark, que encheu as burras de dinheiro, virou diretor da S.H.I.E.L.D. e implementou suas idéias de registro para os super-seres. Ao invés de botarem a boca no mundo, ou ao menos tentarem e serem frustrados pelo poder de Stark, os dois vão lá e dão os parabéns ao latinha! Uma verdadeira apologia ao facismo (e não estou falando de concordar ou discordar com Bush, mas sim de um herói agir de maneira muito mais podre do que a maioria dos violões agem.) Enfim, é uma saga mal amarrada, que se causar alguma mudança no Universo Marvel é pra pior. Ainda mais que meu amigo Raphael Salimena disse que nos EUA já saiu uma história de que os Skrull teriam, há um tempo atrás, substituído alguns heróis e vilões. Não dou seis meses pra voltar tudo ao que era. A única coisa que realmente está valendo a pena na Casa das Idéias é o Universo Ultimate.

Se você não quer gastar seus cobres, aí vai um link pra baixar Civil War:

http://civilwar.4shared.com/

E um pra baixar "Crise de Identidade":

http://ptkomics.blogspot.com/2007/01/crise-de-identidade.html#links

Abraços!

02 julho 2007

Home, nerdy home.

Taí um assunto que não é abordado todo dia: a decoração nerd.

Achou esquisito, padawan? Então lembre-se de quanto tempo passaste só na última semana mudando a pose das dezenas de action figures da sua estante. Ah, além dos bonecos (ou hominhos, se preferir), você procura fazer combinações com pilhas de livros e pôsteres (ou é pôsters, sem o e?) de cultura pop? Bom, com o perdão da rima, é fato: querendo ou não, o nerd tem sua decoração. Pensando nisso, o Comic Book Resouces, uma das maiores referências em sites de HQ do mundo, criou uma seção onde os artistas dos quadrinhos mostram seus estúdios, e, às vezes, suas casas: algo como um Cribs nerd. Essas fotos são da residência do grande Mike Allred, o biruta responsável pela arte da saudosa X-Force de Peter Milligan, que depois virou X-táticos. Quem já viu o trabalho do cara (se não viu, corrija), logo repara que a casa nada mais é do que a versão concreta da atmosfera pop dos seus desenhos. Reparem na quantidade de quinquilharias! E nas páginas originais da EC Comics, emolduradas e penduradas em seqüência na escada.
Entendi por que o Allred tem fama de recluso. Aí até eu!

Bom, essa foi só uma amostra. Confira toda a seção Studio Tours, e conheça os estúdios de Joe Quesada, Frank Cho, David Lloyd e os brazucas Moon e Bá, dentre outros. Fiquei especialmente emocionado ao ver no estúdio do Mark Millar, um dos meus roteiristas favoritos, um pôster da minha banda favorita, o Queen. E o cara ainda diz: "Eu não apenas amo o Queen, eu odeio todas as outras bandas". Quando jovem, ele amava tanto a banda que não acreditava que Freddie Mercury era gay. Grande Millar.

Anima Mundi

Para os nerds da animação a notícia deve ser mais do que óbvia, mas é chegada a época do ano em que desenho animado deixa de ser coisa de criancinhas e passa a ser levado a sério: é o Anima Mundi 2007.

No Rio, ele começou dia 29/06 e vai até 08/07, e em São Paulo ele vai de 11/07 a 15/07. A edição deste ano conta com 368 filmes de 42 países. Para quem não conhece o evento (shame on you!), trata-se simplesmente do maior festival de animação da América Latina (quando dizem isso é porque os Estados Unidos sempre barram), um dos maiores do mundo.

Vale a pena conferir alguns vídeos disponíveis no site oficial.

Desnecessário mesmo, depois de tanta rasgação de seda, e é dar a dica do link da programação em pdf.

Pra não ficar só nas dicas, segue um curta pertubado.