30 junho 2007

Depois que a gente experimentar isso aqui, finalmente poderemos morrer como pessoas realizadas

Alguém aí já jogou Wii? Se você ainda não experimentou essa maravilha tecnológica, arrume um jeito de experimentar agora. Se você não sabe nem do que eu estou falando, shame on you! (mas eu explico assim mesmo): O Wii é o videogame de nova geração da Nintendo, que ao invés de seguir a estratégia da Microsoft e da Sony de fazer um hardware capaz de processar gráficos motherfuckers, a inovação dele vem do controle. O Wii abandona o controle tradicional, por um controle remoto com sensor de movimento. Sim, meus amigos, é isso mesmo: você faz o gesto e o bonequinho repete na tela. Eu tive a felicidade de experimentar na casa de um amigo, joguei um joguinho com vários esportes, como Tênis, Golf, Baseball, Boxe... esse último por exemplo, você segura o Wiimote em uma mão e a outra parte do controle, o nunchuck, na outra, e fica socando o ar que o personagem na tela repete igualzinho o que você faz, até o bloqueio e a esquiva.


Até aí tudo bem, mas o que justifica o título desse post? Bem, isso. A LucasArts está trabalhando num jogo para o Wii em que VOCÊ UTILIZA O REMOTO COMO SE FOSSE UM SABRE-DE-LUZ! Já pensou? Eu quase CHOREI quando li isso. Quando esse jogo sair, um arrumo um Wii pra mim, nem que seja roubado. Amigos, não se trata simplesmente de ficar sacudindo uma réplica pelos ar e fazendo o som de "zum! zum!" com a boca, mas sim de efetivamente PARTICIPAR DE DUELOS DE SABRE-DE-LUZ! AAAAAAAAAAAAAHHHHH!

Enquanto o jogo não é lançado, inspirem-se nesse jovem rapaz e sua dedicação com a "arma elegante para uma época mais civilizada" (ok, eu sei que o vídeo é velho, mas é bom lembrar por que é assim que você vai ficar quando jogar Star Wars no Nintendo Wii):



28 junho 2007

Top 10 - Nerds Wannabe

Antes de fazer este post comentei com o Salimena (criador do Blog) a respeito de fazer um top10 de algo. Ele me disse: "que ótimo, Nerd adora listas!".

Era o incentivo que eu precisava. Agora, sem mais delongas, eu apresento...

As 10 coisas que os Nerds mais querem ser:

10 - Figurante em filme de George Romero

9 - Pai do Enzo

8 - Escritor

7 - Game Designer

6 - Criador de um novo e revolucionário sistema de RPG

5 - George Lucas

4 - Colaborador de um blog nerd (NOT!)

3 - Roteirista/Diretor de alguma adaptação de quadrinhos

2 - Não-virgem

1 - Mutante

Claro que posso ter errado ou esquecido um ou outro, mas, basicamente, é isso aí.

25 junho 2007

Nerds in Bollywood

Alguns dias atrás, minha namorada mudou minha vida, sem querer. Não, não é a minha vez de ter um pequeno Enzo. Ela me mandou o link pra isso aqui:

Incrível, não? Talvez essa seja a melhor dança já inventada, e o refrão não fica atrás. Ao que parece foi um sucesso no ano passado, mas nós não vimos nem sombra.

- "E o que isso tem a ver com nerdice?"

Nada, padawans. Mas dêem uma olhada nisso aqui:

Antes de começar esse blog, nós quebramos a cabeça para definir o termo "nerd", sem muito sucesso. E esse vídeo traz a resposta. Cada movimento do original foi reproduzido aqui, por pessoas gordas de óculos (tá, só tem um assim, mas ele rouba a cena, não?). Sem falar que o verdinho é um puta sósia do Presto.

Heresias


Talvez os leitores não saibam, mas eu e o Salimena (também colaborador deste Blog) somos os autores do premiado (vá lá, foi só um Prêmio, mas já é alguma coisa) curta-metragem "O evangelho segundo São Judas Iscariotes (em breve no You Tube). Pois bem, desde aquela época, me tornei viciado em tudo quanto é bobagem feita sobre religião, como "A Vida de Brian", "Dogma" e até mesmo o filme do Padre Marcelo Rossi (além dos filmes sérios, mas isso é assunto pra outra hora. Recentemente, encontrei esse joguinho que disponibilizo aqui para a diversão de todos.

O nome da brincadeira é Bible Fight e tenho certeza que proporcionará horas de alegria botando Jesus, Moisés, Maria, Eva, Noé e Satã para se pegarem. Os golpes, cenários e músicas te colocam numa atmosfera celestial para sentar a borduna no adversário.

Então, aproveitando o clima sagrado que estou, posto também essa pérola que encontrei no You Yube.

Até o próximo post, amigos!

24 junho 2007

O Inebriante poder do Mestre: temos esse direito?

Técnico da Seleção Brasileira, Presidente da República ou Mestre de RPG? Qual destes três ofícios é o que mais sofre pressão?

Como qualquer viciado em D&D, tenho certeza de que é o último.

Se as batalhas são mortais, o mestre é contra os jogadores; se são simples, não há emoção. Se a sessão é curta, “não deu nem pra esquentar”; se é longa, os jogadores têm que trabalhar na manhã seguinte.

Quando a aventura começa, todo o peso está sobre seus ombros: se deu certo (ou seja: se todos sobreviveram), o mérito é dos jogadores, porque interpretaram bem. Se deu errado (alguém morreu) a aventura foi mal estruturada.

É por isso que levanto a questão: depois de todo o trabalho, dificilmente somos recompensados - sempre tem um jogador pela-saco reinvindicando alguma babaquice.

Mas... o Mestre é o mestre. Ponto final. Se só o Galactus detém o poder cósmico - e o poder cósmico é tudo que você quer ter -, então o Mestre é aquele que mais se aproxima dos conceitos do pai do Enzo (se você não faz idéia do que estou dizendo, consulte o post “Sobre Galactus...”).

E, como detentores de tal poder, fica a pergunta: temos o direito de usá-lo? Eu digo que sim. De fato, devemos é abusar. E eu vou relatar um bom exemplo de como fazê-lo.

Inevitável


Uma vez passei duas horas trabalhando em uma aventura. Mapa, charada, batalhas... tudo foi perfeitamente estruturado. Daí, um jogador faltou à sessão e não avisou. Grupo pequeno, cancelamento imediato. Os outros jogadores reclamam (cancelar sessão é algo que não existe neste meio, vocês sabem), eu fico puto por ter que gastar a aventura sem todos os jogadores presentes, mas, mesmo assim, a sessão rola - tosca e tensa, mas rola.

Porém, o poder cósmico queima ao lado do d20 azul, e eu tenho pena de quem tenta sacanear o Mestre.

Na próxima sessão, o jogador faltoso recebe a seguinte notícia: “Magellan, na última aventura, você se voluntariou para ser o grande homenageado da Vila Fag - onde, em uma celebração pública, teve a honra de ser penetrado por um cabo de 12 centímetros de diâmetro por todos os 452 habitantes enquanto amarrado a um poste na Praça Central. Hoje, seu ânus dói e sua armadura tem um brilhante arco-íris desenhado.”

O jogador fica puto, joga de cara fechada e você pensa: cara, ser Mestre dá trabalho, mas são momentos assim que me fazem querer continuar...

Em outros posts, contarei de outros abusos. Por enquanto, fique com o mapa-guia (atente-se para meu talento no Paint) da Aventura 15 - Inevitável.

23 junho 2007

George Lucas in Love

Trata-se de um clássico da FanFic, mas é sempre bom relembrar, e não podia deixa passar a deixa Star Wars aberta pelo Dario, logo abaixo.

Enjoy!

22 junho 2007

Obi-Wan Kenobi: aquele velho filho-da-puta (I)

Todo mundo que já assistiu a trilogia clássica Star Wars alguma vez na vida (e se você nunca assistiu, saia deste blog IMEDIATAMENTE) já deve ter parado para se perguntar em algum momento se não há algo de muito estranho nos dizeres do velho Kenobi, por que ele está sempre se contradizendo, ou contradizendo eventos passados. Sob olhares mais atentos, contudo, percebemos que não se trata de simples contradição, mas mentira deslavada.

Sim, amigos nerds. Obi-Wan é um mentiroso safado.



Senilidade? Os sóis de Tatooine e os anos de isolamento fritaram o cérebro dele? Quem sabe. De qualquer forma, achei que estaria fazendo um serviço de utilidade pública aqui (ok, não tem utilidade nenhuma nisso) ao compilar as maiores cascatas do velhote.

Vamos a elas:

Eu não me lembro de possuir nenhum dróide: nínguem pode alegar que é simples esquecimento. Tudo bem que na prática, Obi-Wan nunca teve um dróide DELE, mas ele já esteve por um bom tempo na companhia do R2, inclusive quando conheceu o Anakin. E ele tinha aquele dróide no caça que ele pilota em RotS (esqueci o nome). Mas essa ainda é a mentira mais passável de todas.

Seu pai queria que você tivesse esse sabre-de-luz quando fosse velho o bastante: HAHAHAHAHAHA! Vê se pode, o velho DESMEMBRA o pai do guri, deixa ele pra morrer sem o menor remorso, ROUBA o sabre-de-luz dele e ainda tem a cara-de-pau de falar que "ooohhhh, seu pai queria que ficasse com você". Ok, talvez ele tivesse algum remorso, afinal, e por isso resolveu devolver o sabre ao herdeiro. Ou não. Vai saber. O véio era doido!

Um jovem Jedi de nome Darth Vader, que era um pupílo meu antes de se virar para o mal, ajudou o Império a caçar e destruir os Cavaleiros Jedi. Ele traiu e matou seu pai: ok, esssa provavelmente é a mentira mais famosa e clássica.

Vamos por partes:

  1. Darth Vader e o pai do guri são a mesma pessoa;
  2. Logo, ele não poderia ter matado a si mesmo, se não era hara-kiri;
  3. Quando Anakin assumiu o nome Darth Vader, ele já não era mais Jedi, tendo se tornado um Sith;

Velho incoerente da porra!

Somente os Stormtroopers são tão precisos: tenho que confessar - essa é a minha favorita. "Somente os Stormtroopers são tão precisos". Sei. Stormtroopers. Precisos. Tá. Conta outra. Stormtroopers... precisos? Então tá bom.

Estes não são os dróides que vocês estão procurando: mais uma prova da picaretisse desse velho safado. Aqueles ERAM os dróides que eles estavam procurando. Pobres Stormtroopers, já não basta serem mal pagos, terem uma droga de sindicato, não serem nem um pouco precisos, e ainda tem que cair na lorota de um Jedi caquético? Plu-eassse!

Certo, essa foi a parte I. Tem muito mais cascatas de onde essas vieram, mas ficam para o próximo artigo.

This is Sparta... NOT!

Reflexões sobre o físico nerd

Num mundo que virou de cabeça pra baixo, onde ser nerd virou algo cool, é preciso um esforço nosso, Nerds Velhos, para a educação das massas de neo-Nerds. E a primeira coisa que quero falar é que sou fundamentalista. Ser nerd não é só usar óculos de aro grosso e se obriga a decorar os nomes de alguns planetas do universo Star Wars. Tem que ser o pacote inteiro. Chega de Nerds de final de semana!
E o mundo nerd não passa pela porta de nenhuma academia de ginástica. Logo, barriga de Leônidas NÃO é físico que nerd apresente. O nerd legítimo só tem duas escolhas: Adiposo ou esquelético. E o principal: Se orgulha disso.
Nerd que é nerd não tem essa de querer ganhar as cachorras com o volume de seus músculos, mas com suas outras armas (inteligência, bom humor ou até mesmo obsessão - cada um cace com o que tem). E acreditem, funciona.
Portanto, pequeno Nerd, que ainda está na fase de tremer só em pensar na tal lixeira azul, assuma-se! Responda àqueles que acham que o padrão é Malhação:
- Barriga é físico de homem. Quem não tem barriga é menino.
- Se o homem não fosse pra ter barriga, tinha costela até embaixo.
- O acúmulo de gordura foi o que possibilitou à espécie humana deixar de ser nômade. Malhar é jogar no lixo todo o nosso esforço evolutivo.
Os magrelos de nossa equipe talvez possam contribuir para os nerds-saco-de-ossos com mais respostas. Mas o importante é parar de viadagem e se assumir enquanto ser anerdalhado.
Como brinde, segue o vídeo do Weird Al Yankovich, uma verdadeira aula de nerdice.


21 junho 2007

Sobre paternidade, Galactus e São Jorge

Se você, irmão nerd, tem ou pretende ter uma linhagem de sangue que não o envergonhe perante seus amigos, é importante que tome certos cuidados na educação do seu pequeno padawan. Eis um bom exemplo, uma conversa entre um nerd e seu filho. Dá até vontade de ser pai...

NOT!

19 junho 2007

Como aprendi a sentir saudade do medo de conhecer a lixeira

Lá pelo meio dos anos 90, com uns 12 anos, eu comprava o Homem-Aranha na banca em frente à escola e sentia meu rosto ruborizar a ponto de embaçar os óculos. Gostaria de dizer que isso acontecia por causa da ansiedade de ler as histórias, mas não era: eu ficava vermelho de vergonha de ser descoberto.
Na hora do intervalo, enquanto eu pensava em um jeito de ler a revista sem ser notado, o pessoal da minha sala se divertia fazendo uma roda e rindo das crianças que usavam roupas e tênis de marcas desconhecidas. Na época eu não sabia que isso era viadagem, então achava que o errado era eu. Acabava por passar o dia inteiro pensando no maldito gibi, resistindo bravamente em abri-lo, pelo menos até chegar em casa.

Somente durante o campeonato brasileiro as coisas eram fáceis. Como gostar de futebol era permitido, todos tinham o álbum de figurinhas, e eu não era exceção. Mas o meu álbum não era apenas um lugar para colar figurinhas, e sim um escudo perfeito para o que interessava: os quadrinhos. Era atrás daquele livro ilustrado, sob os olhares de reprovação de Toninho Cerezo, que eu conseguia ler o Aranha – mal podendo acreditar que estava fazendo aquilo em público, impunemente e à luz do dia.

Antes que alguém pergunte alguma coisa, deixa eu contar uma história rápida. Um dia, uma criança que eu não conhecia imitou o Lion gritando “Thundercats! Ôôôô!”, e os amigos, diante de tamanha afronta, acabaram por jogá-la no lixo – juro, era uma lixeira grande e azul. Pior do que o fato de na época ainda não existir coleta seletiva era o detalhe de que o sujeito devia ter uns dois anos a menos que eu.

E assim fui crescendo, passando de ano no colégio, e me formei na faculdade. E em algum momento que não consigo determinar, ler os quadrinhos deixou de ser vergonhoso. Virou cool. Na fila para alguns filmes de super-heróis que são tão ruins que nem eu tenho coragem de assistir, estão os mesmos caras que eu sabia que me jogariam no lixo se eu desse a chance.

Na faculdade, vi que meu conhecimento de quadrinhos era respeitado. E quando ainda tentava digerir isso, percebi algo ainda mais horrendo:

Atualmente, tem gente tentando se passar por nerd pra conseguir garotas!

Sem mais palavras.

Ao lado de outros senhores que, tenho certeza, já sentiram medo de ir pro lixo ao menos uma vez, criei esse site para ser, além de um banco de críticas e resenhas do mundo pop, o diário de uma geração perdida. Ou talvez morrer antes dos 10 posts iniciais.